Olá!!
Faz um tempinho novamente que nao atualizo o meu blog, mas agora venho com novidades, fotos novas e mais uma cidade (e país) para adicionar na minha lista: Passei o final de semana em Bruxelas, na Bélgica, a 250 km da minha casa.
Bom, acordei cedo no sábado, pois queria chegar o mais cedo possível na Bélgica. Viajei sem pressa, tanto é que acabei chegando pelas 11:00hs em Bruxelas. Fiz minha reserve de hotel pela internet e lá consegui a descricao de como chegar ao hotel. Mas, esquecida como sou, deixei a confirmacao da reserve em casa, assim como a descricao do caminho para o hotel…
Bruxelas é uma cidade de aproximadamente 990.000 habitantes. Além de ser a capital da Bélgica, é também a capital da Uniao Européia. Sem o mapa, acabei “seguindo o fluxo” e cheguei ao centro com muito mais esforco do que o esperado. No caminho, passei pela Basílica de Koekelberg, a quinta maior igreja do mundo (ela é enorme mesmo), onde estava havendo a maior e mais completa exposição de Leonardo Da Vinci, autor das telas "Mona Lisa" e "Última Ceia". Acabei entrando e visitei a exposicao. Foi bem interessante conhecer um pouco mais da obra de Da Vinci… A exposicao era narrada na primeira pessoa, ou seja, era como se ele estivesse nos contando sua história e suas obras…
Basílica de Koekelberg e exposicao de Da Vinci
De novo, agora comigo...
Uma impressao do tamanho da Basílica
Voltando à minha procura pelo hotel, havia lido a descricao do caminho que me passaram e lembrava que ele ficava perto do Jardim Botânico e da Estacao ferroviária.… Achei a sinalizacao da cidade muito ruim, quando haviam placas indicativas do caminho, estas eram pequenas, muitas vezes passavam despercebidas ou apareciam somente pouco antes da manobra. O anel viário da cidade é intercalado por túneis e ruas paralelas de superfície, e se você perdia a saída, muitas vezes tinha que andar muito pra fazer o retorno…
O Palácio Real
Chegando ao centro andei a pé, andei de carro, perguntei (ou tentei perguntar) para as pessoas que passavam por mim, mas, ao contrário de Luxemburgo, é raro achar alguém que fale alemao por aqui… Tive que improvisar no meu ingles arranhado. Até essa altura ainda nao tinha conseguido um mapa da cidade… Queria fazer o meu check in no hotel pra poder deixar as minhas coisas, estacionar o carro e aí sair despreocupada pra curtir a cidade.
Old England, prédio muito bonito que abriga o museu de instrumentos musicais
Vista da cidade, mais abaixo o Le Mont-des-Arts, o monte das artes
Le Mont-des-Arts
Enfim, depois de mais ou menos 2 horas de idas e vidas, estacionadas, caminhadas, perguntadas entrei em uma loja qualquer e pedi informacao ao antendente, que num ingles quase tao “bom” quanto o meu, entendeu o que eu queria, procurou na internet e imprimiu muito gentilmente o caminho exato de onde eu estava até o hotel. Irônico é que dali era só atravessar o Jardim Botânico quase em linha reta que eu estaria no hotel…
O hotel era meia boca, reservado na última hora pela Internet. Nem sempre é tudo aquilo que mostram nas fotos, mas o mais importante pra mim era o preco… Pra uma noite só, bastava ter um bom chuveiro e uma boa cama…
finalmente encontrei o hotel...
Ôps, errei a foto, o hotel é este:
No hotel finalmente ganhei um mapa da cidade e fui em direcao ao centro procurar pelas informacoes turísticas. Iria de metrô, mas acabei resolvendo ir a pé mesmo, já que daria uns 15 min de caminhada… Peguei a Rue Neuve e segui… Imagine o calcadao da Rua XV em Curitiba um pouco mais estreito, mas cheio de lojas e uma multidao, quase sem espaco vazio… A impressao era que eu estava em meio a uma procissao ou passeata, mas no sentido contrário ao da multidao…
Esta é a Rue Neuve, mas este é só o comeco da multidao....
Fui atras desta placa na esperanca de comer uma coxinha ou um pastel, mas acabou...
Só restou o guaraná, mas já deu pra matar a vontade
Enfim cheguei ao centro, o Grand Place, a praca principal da cidade. A praca é rodeada por construcoes muito bonitas e antigas, fiquei encantada… O l’Hôtel de Ville é uma construcao gótica de 1402. A torre tem 90 metros de altura. No interior da construcao tem duas fontes do ano de 1715.
l’Hôtel de Ville
Detalhes
Uma das fontes
Em frente ao Hotel fica a La Maison du Roi, uma construcao também do século XV que um dia já foi uma prisao e hoje abriga o museu da cidade.
La Maison du Roi
Além dessas, há ainda outras construcoes igualmente bonitas e antigas na praca, além de muitos cafés, bares e restaurantes.
Encontrei as informacoes turísticas e fiz meu plano para o próximo dia: um passeio de ônibus turístico pela cidade. Você compra um ticket válido por 24 horas e pode conhecer todos os pontos turísticos da cidade, descendo e subindo do ônibus a qualquer hora. Bem próximo à praca fica o monumento em homenagem a Everard ‘t Serclaes, um herói do século XIV. A lenda conta que tocar a estátua traz sorte, e dificilmente um turista deixa de fazê-lo ao passar por lá. Neste caso, eu fui uma excecao.
Everard ‘t Serclaes e a esperanca de sorte
Saindo dali fui conhecer a Galeria St. Hubertus, cuja pedra fundamental foi lancada em 1846 pelo Rei Leopold I. Já na entrada parei para um delicioso Waffel belga na sorveteria Häagen-Dasz. A galeria tem 212 m de comprimento, seu teto é de vidro e abriga lojas, teatros e restaurantes. É muito visitada pelos turistas.
Próximo à galeria fica a Place de l’Agora com a fonte “Charles Buls”, em homenagem a um antigo prefeito da cidade.
Place de l’Agora e fonte “Charles Buls”
Aí já eram quase sete horas da noite e eu estava exausta. Peguei um taxi e voltei para o hotel Nao sei o que houve, só sei que fui direto pra cama, nao aguentava mais nada… (tô ficando velha, rsrsrsrs)
No domingo acordei cedo novamente, tomei café e fui conhecer o Jardim Botânico, que fica ao lado do hotel. Eu tinha aproximadamente uma hora até a saída do ônibus. Tirei fotos, mas sinceramente, nao vi nada muito especial lá.
Jardim Botânico
Entao vamos ao tour: Primeira parada: Le Palais de Justice, construído no ponto mais alto da cidade.
Le Palais de Justice
Um pouco mais abaixo, em direcao à cidade, fica a mais bonita igreja gótica da Bélgica, a l'Eglise Notre-Dame du Sablon, cuja construcao iniciou em 1304. Os vitrais sao maravilhosos, mas infelizmente nao era permitido fotografar no interior da igreja.
l'Eglise Notre-Dame du Sablon
Detalhe da igreja...
Do outro lado da a Square du Petit Sablon.
Próxima parada: Parque do Cinquentenário, construido em comemoracao o cinquentenário da independência da Bélgica, comemorado em 1880. No seu interior funciona um museu.
Parque do Cinquentenário
Partindo dali voltamos ao centro da cidade e fomos em direcao ao Atomium, o lugar mais impressionante e que mais me agradou na cidade.
O Atomium
O Atomium foi construido em 1958 para a Expo 58 e representa um átomo de ferro ampliado 165 bilhoes de vezes. A esfera mais alta possui 102m de altura, onde funciona um restaurante e de onde se tem uma vista panorâmica da cidade. Sobe-se de elevador a uma velocidade de 5m por segundo. As demais esferas sao interligadas por tudos com escadas no seu interior e oferecem exposicoes e tem até uma especial para criancas de escola, onde é possível pernoitar na companhia dos professores.
Quem me conhece bem sabe que eu tenho medo de altura. Mas descobri que nao tenho medo, tenho imenso pavor. E nao pense que foi quando subi os 102 metros de elevador nao, muito pelo contrário. Lá me senti muito segura e adorei a vista. Subi e desci sem problema algum. O problema foi que resolvi ir para as outras esferas, as quais só se tem acesso por escadas, em parte rolantes, que estao no interior dos tubos que interligam as esferas. O comprimento desses tubos varia de 18 a 23 metros e a sua inclinacao também varia. Fui no embalo pela escada rolante até a primeira esfera. A inclinacao era tanta que dava a impressao que faltava pouco para estarmos subindo na vertical. Me agarrei ao corrimao e nao conseguia parar de pensar o que aconteceria se o tubo se desprendesse. Queria tirar fotos mas nao conseguia deixar o corrimao, hehe. Paranóia total, mas quem tem pavor de alguma coisa deve entender a minha situacao. Eu tentava me acalmar, teve uma hora que já estava pensando como eles poderiam fazer pra me tirar dali, por que tinha certeza que nao desceria pelas escadas. Que sufoco, só queria sentar e chorar, hehehe. Enfim, nao prestei atencao em nada da exposicao e me juntei a um grupinho que, como eu, estava procurando a saída. Eu estava completamente tensa, minhas pernas estavam trêmulas e as maos suadas. Pra mim, a visita ao Atomium acabou ali mesmo, só queria sair dali. Segui o fluxo e fui no embalo do grupo, descendo de escada rolante, maos novamente grudadas ao corrimao. E ai daquele que tentasse fazer uma gracinha na escada, acho que lhe dava um safanao, hehehehehe.
Eu a 102m de altura
Parte mais light da subida...
Descida tensa, essa foto quase nao sai...
Ufa!! Estou no chao…
Depois pesquisei na internet e vi várias pessoas falando que a visita ao Atomium nao vale a pena, a entrada é muito cara, etc… Pois eu aconselho cada um a ir. Como já disse, foi o lugar que eu mais gostei em toda a cidade…
Deixando o Atomium fui para a Mini Europa, onde estao réplicas das construcoes famosas de todos os países da europa. Muito legal. Estive em Paris, Roma, Veneza, Londres, Barcelona, Porto…
Mini Europa
Londres
Paris
Sacre-Coeur, Paris
Plaza de Toros, Sevilla
Atenas
Peguei novamente o ônubis e fomos em direcao ao pavilhao chinês e à torre japonesa, construcoes no estilo destes países. O ônibus praticamente nao parou e eu nao consegui tirar muitas fotos.
O Pavilhao Chinês
Continuamos em direcao ao Castelo Real, construído entre 1782 e 1784 e pertenceu a Napoleao Bonaparte. Até hoje permanence a residência da família real belga.
Castelo Real
Continuando viagem em direcao ao centro, desci em frente ao prédio da Bolsa de Valores e fui procurar o Manneken Pis, o menino mijao, um dos maiores símbolos da cidade. Nas festividades a estátua é vestida com trajes especiais. Dizem que o seu guarda-roupas é provavelmente o maior e mais variado que já existiu, pois é comum autoridades o presentearem com trajes típicos, os quais ficam expostos em museus da cidade. Decepcionante é o tamanho da estátua, pois pelos postais e fotos têm-se a impressao de ela ser bem maior. Se nao fosse a multidao parada em frente ao menino, provavelmente nem o teria visto.
Manneken Pis
O menino mijao...
No Rio de Janeiro há uma réplica do menino mijao em frente ao Clube do Botafogo e a torcida o apelidou de Manequinho.
Visitei ainda a Catedral de St. Michael e St. Gudula, mas a bateria da minha máquina acabou, só deu pra tirar uma foto da fachada. Já era domingo à tarde, 3 e pouco…
Catedral de St. Michael e St. Gudula
Queria ter ido também para Waterloo, que fica ao sul de Bruxelas e foi onde Napoleao perdeu a guerra a quase 200 anos atras. Mas além de já estar tarde, nao tinha mais como tirar fotos. Fica para uma próxima vez…
Enfim, esta é Bruxelas. Em geral, achei a cidade meio suja e descuidada, a sinalizacao muito ruim e o transito um pouco complicado. Valeu a pena conhecer, mas pra mim, a Alemanha é mais bonita.
Desculpem pelos textos compridos, acho que me superei agora, mas é que nao quero deixar nenhum detalhe de fora… Se tiverem paciência, leiam. Do contrário, só as fotos já contam um pouco da história tbm… Quanto aos erros de escrita, devem-se e parte ao fato de eu escrever o texto no Word e a auto-correcao corrige para alemao e em parte ao fato do meu teclado nao ter algumas letras e pontuacoes da língua portuguesa. Mas é claro que podem ter erros meus também...
Pra quem leu até aqui, agradeco por deixar um comentário. É sempre bom saber o que vocês acham do meu blog…
Kussis